terça-feira, 22 de setembro de 2009

anthem (mas não tem justificativa)

Desta vez vou escrever sobre um vídeo que recebi na semana passada por e-mail: o vídeo da Vanusa cantando o Hino Nacional Brasileiro. Não sei se vocês já viram. Está no youtube. Vejam: www.youtube.com/watch?v=6w9MpztV4gk. Eu já tinha ouvido alguns comentários sobre esse vídeo anteriormente, mas nunca me lembrava ou me interessava em procurá-lo, até que um amigo me mandou o link. Trata-se de uma solenidade política, onde em determinado momento a Vanusa canta o Hino Nacional Brasileiro, acompanhada de um violonista. Nada a falar do violonista, a não ser o violão com conexão MIDI e som de piano elétrico. A Vanusa me pareceu um pouco desconfortável com o tom e com a letra, tanto que se confunfiu um pouco com as palavras. Fiquei com a impressão, ao final do vídeo, que ela nunca tinha ouvido o hino anteriormente e que estava desconfortável simplesmente por estar cantando. Mas convenhamos, o Hino Nacional Brasileiro não é tão simples de se cantar. Além de ser natural o nosso cérebro "apagar" as informações que não usamos frequentemente. Isso acontece com qualquer coisa: com letras de música, números de telefone, nomes de pessoas.

Não, não estou defendendo e tampouco justificando o erro vergonhoso da Vanusa. Primeiramente porque não há justificativa para uma apresentação mal preparada. Nem a falta de tempo, nem o desconhecimento. Se você se propôs a fazer algo, você tem que fazê-lo bem. Segundo porque seria o esperado que todos os brasileiros soubessem cantar o Hino Nacional, mas como nem todos o sabem ... E é esse o ponto onde eu quero chegar.

Se há uma coisa que eu aprendi é que não se deve julgar o erro alheio, especialmente se você sabe que pode cometer o mesmo erro. Como acabei de dizer, nem todos sabem cantar o Hino Nacional Brasileiro, e posso garantir que muitos daqueles que assistiram ao vídeo e caçoaram do erro da Vanusa, certamente pesquisaram a letra do hino no Google porque também não sabiam. Estou certo ou errado? Isso, sem mencionar aqueles que até "sabem" cantar, mas não têm ideia do que o hino significa e mal conseguem pronunciar as palavras.
O que eu quero dizer é o seguinte: de que adianta expor o erro da Vanusa, intitulá-lo como "vergonha nacional", se a verdade é que grande parte dos brasileiros não sabe cantar o hino? Quer apostar? Pergunte, pois, a algumas pessoas nas ruas se elas sabem cantar o Hino Nacional Brasileiro, ou se elas sabem ao menos o que é o "brado retumbante" ou o que quer dizer "florão da América". Sem sombra de dúvidas, a maioria esmagadora vai dizer que não. Mas se você não quiser ter esse trabalho, apenas dê uma olhada esse vídeo e vai ver que eu tenho razão: www.youtube.com/watch?v=xiLB1kQeGik.
Agora, pergunte a essas mesmas pessoas se elas conhecem a música Festa no Ap, do Latino, ou sabem cantar ou dançar o créu. A palavra "sim" será unânime.
Pergunte a alguns estudandes do Ensino Médio se eles sabem por que desfilam no dia sete de setembro e muitos lhes dirão que é para ganhar pontos em alguma matéria.
Então, caros leitores, o problema não é a Vanusa ou qualquer que tenha sido a razão que a fez errar a letra do Hino Nacional Brasileiro. O problema é mais amplo. São os brasileiros que mal conhecem a própria história, que mal sabem (ou não sabem) cantar o hino do próprio país, que falam português sem nem saber o porquê, muitas vezes por não se interessarem mesmo.
Com que propriedade as pessoas condenam o erro da Vanusa, enquanto grande parte da população sabe que cometeria o mesmo erro? Quantos dos que caçoaram dela, de fato, sabem cantar o hino?


Por fim, até que o erro da Vanusa teve seu lado positivo, pois certamente levou muitos pensarem e, quem sabe, pesquisarem sobre o assunto.

Fiquem bem.
Rodolfo Roger


terça-feira, 30 de junho de 2009

laughing with (ideias e emoções que me vêm)

Papel, caneta, agenda, gravador, violão ... essas são coisas que eu deveria sempre levar na mochila. Ideias, às vezes, são apressadinhas. Passam como mosquitos e nem sempre me esperam. Por um outro lado, elas às vezes demoram a surgir. E vezes e vezes elas não me vêm da forma que eu esperava.

Mas enfim ...

Tenho pensado muito sobre meus dias e muitas ideias vão surgindo. Algumas drásticas, outras fantásticas. Um projeto musical para esse ano paralelo à Nebulosa. Aliás, paralelo a tudo. Não sei se esse será mais drástico ou fantástico, mas vai ser. É uma ideia que eu tenho há algum tempo. Estou cansado da mesmice e da chatice musical. São sempre as mesmas coisas, as mesmas músicas, os mesmos modismos, alguns desses até criados por nós mesmos (Nebulosa). Devo muito a essa cidade, mas preciso de músicas e músicos que me emocionem. Poucas coisas me emocionam aqui hoje em dia. Nem as letras, as companhias, as bocas, os acordes. Algumas lembranças sim. Vou pra Inglaterra.
Por falar em emoções, há tempos não me emocionava tanto quanto no show do Rei. Embora não tenha ido ao Maracanã, confesso a vocês que não consegui conter as lágrimas ao ouvir Detalhes. Essa música me emociona muito. Como gostaria de tê-la feito. Outra vez, também.A intervenção surpresa do Tremendão no (que nem é mais tão surpresa assim) me lembrou a aparição do meu amigo Vinícius Baroni no nosso último show.
Das ideias, além do projeto, posso dizer que vou cantar com o Leoni no palco da MPB FM em Agosto e com Suzana Pequeno num tributo a Michael Jackson no Teatro Municipal de Araruama. Quero cantar Beat it e Tiago Resende faz questão de tocar o solo. Talvez o Eliézer.
Também estou terminando uma nova música; o meu mais novo hit nacional. Chama-se Ainda. Essa música terá uma parte (provavelmente o refrão) em inglês ou francês, e vou contar com a participação da minha amiga Walerie Gondim. Aguardem.
Na semana passada terminei Versos de refrão. Aguardem também.
É isso.


Fiquem bem.
Rodolfo Roger



quarta-feira, 17 de junho de 2009

rainbows (o arco-íris de palavras)

cor, do latim colorem e do grego chrôma. Do latim herdou-se o lexema que deu origem à palavra cor em diversos idiomas. Com o radical grego contruiram-se palavras como cromoterapia. Cor é a "percepção provocada pela ação de um feixe de fótons sobre células especializadas da retina, que transmitem através de informação pré-processada no nervo ótico, impressões para o sistema nervoso", segundo o wikipedia; "impressão que a luz refletida pelos corpos produz no órgão da vista", segundo o dicionário online ww.priberam.pt.

As cores têm, na verdade, mais utilidade do que percebemos. Usamos as cores para representar emoções, ocasiões, diferenças entre sexo. Por exemplo, azul para os meninos e rosa para as meninas; o hábito de usar roupas pretas em caso de falecimento para representar pesar; verde para o que for relacionado à ecologia.
Cotidianamente, usamos as cores em metáforas para ilustrar sentimentos e acontecimentos. Se o momento não é bom, dizemos que a coisa está preta (há quem considere essa expressão racista). Entretanto, se estamos felizes, dizemos que está tudo azul (expressão um tanto poética). Se tiramos uma boa nota em um exame, dizemos que tiramos uma nota azul. O curioso é que nos países de língua inglesa, o azul é usado para expressar coisas tristes. Então, se você estiver na Inglaterra, por exemplo, e disser que está tudo azul, todos pensarão que você está triste. Daí a origem do nome "blues" para o estilo musical, já que o blues é originalmente um estilo triste.
Há certamente uma série de outras expressões nas quais usamos as cores, mas vou deixar pra vocês colocares nos comentários. São 6h da manhã e preciso dormir.
Fiquem bem.
Rodolfo Roger

segunda-feira, 20 de abril de 2009

speaking (as diferentes interpretações)



Já parou para pensar como algumas palavras podem ter significados equivalentemente opostos? Sabe aquelas palavras que podem significar sim e não, muito e pouco, dependendo do contexto em que são usadas? Você pode até não estar conseguindo se lembrar de nenhuma agora, mas sem perceber nós as usamos no nosso dia-a-dia. E é sobre isso que eu vou falar hoje nesse post.

Esses dias comecei a pensar sobre o significado de algumas palavras e suas definições, e cheguei à conclusão de que algumas palavras, aparentemente simples, são de fato difíceis de se definir. Quer um exemplo? Sem procurar no dicionário, pense e deixe um comentário me dizendo o que significam as palavras coisa e porção? Muito provavelmente você vai conseguir definir ou pelo menos chegar perto da palavra porção, mas deve estar pensando em um significado para a palavra coisa.

Bem, não sou eu quem irá dizê-lo, mas posso te falar que as duas palavras são razoavelmente genéricas do ponto de vista semântico. Coisa é usada praticamente para nos referirmos a qualquer ente passível ou não de um nome, ou seja, dizemos coisa para falar de algo que sabemos ou não sabemos o nome.
porção, um pouco menos abrangente, também tem o seu mérito. Se você quer uma sobremesa, você coloca apenas uma porção no seu prato, ou seja, uma quantidade pequena. Às vezes dizemos "uma porção grande". Ainda assim nos referimos a uma parte de um todo, portanto, uma coisa menor. Só que na linguagem coloquial, porção assume um outro significado exatamente oposto. Se dizemos "uma porção de gente veio à minha festa" com certeza não estamos nos referindo a uma quantidade pequena de gente e sim que muitas pessoas compareceram. Então, desse ponto de vista, querer uma porção de batatas fritas não é a mesma coisa que querer uma porção de amigos.

Um outro exemplo disso na linguagem popular é a palavra porrada. Uma porrada pode ser um golpe com as mãos fechadas, um choque (físico ou até mesmo psicológico), uma briga física ou, como consolidou-se na linguagem coloquial, uma grande quantidade de alguma coisa. Muito comummente ouve-se dizer algo do tipo "uma uma porrada de gente chegou ao mesmo tempo", para dizer que várias pessoas chegaram ao mesmo tempo. Veja esse exemplo do uso coloquial: "uma porrada de torcedores saiu na porrada após o jogo." ou "a porrada entre os carros, mesmo leve, foi motivo para porrada no estacionamento."
Uma outra palavra segue esse exemplo: sinistro, que à princípio é tudo aquilo que supostamente causa pavor, medo, em geral por ser ruim. Só que, popularmente, quando dizemos que alguém é sinistro em um determinado assunto é porque esse alguém é muito bom nisso. Dá pra entender?

Agora, a mais intrigante de todas: o foda. Essa palavra, mais do que qualquer outra, mostra que toda contradição é pouca quando ela entra em cena. Foda, originalmente coloquial, é derivada do verbo foder, que significa ter uma relação sexual. O mais interessante desse verbo é que ele deriva do termo latino fodere, que significa furar, escavar. Daí a relação do verbo em latim com o verbo e com o ato em português. Porém, foda, além de ser um substantivo, é usado também como adjetivo, que pode ser um antônimo de si mesmo. Exemplo: se dizemos que tal música é foda, queremos provavelmente dizer que é uma música muito boa. Entretanto se dizemos que a tal música é foda de se ouvir, provavelmente queremos dizer que ela é ruim, chata de se ouvir. Se dizemos que o dia anterior foi foda, dependendo da nossa entonação, queremos dizer que o dia foi bom ou ruim.

Por fim, posso terminar dizendo que as palavras são apenas instrumentos da nossa comunicação. As usamos como querermos de uma forma a nos facilitar a nossa expressão. O curioso é pensar até onde vai o limite dessa automação do uso das palavras. Até onde deve-se ou pode-se alterar ou adicionar significados a um determinado termo para nos expressarmos melhor. Seria isso uma riqueza ou uma falha do nosso idioma?
Bem, o que quer que seja, o importante é entender e nos fazermos entendidos e saber adequar a língua às diferentes situações as quais somos expostos.


Fiquem bem.
Rodolfo Roger


ps: se alguém lembrar de mais exemplos desse tipo, por favor, mande como comentário.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

the shroud (o sudário)

Esse é um post denso, mas acho que vale a pena escrever.

Pra quem ainda não ouviu falar, o Sudário, no contexto desse post, é o pano que supostamente cobriu o corpo de Jesus Cristo após Ele ter sido retirado da cruz. Essa imagem é conhecida no mundo e é motivo de adoração e controvérsia entre religiosos e historiadores.
Existem muitas aspirações sobre a autêncidade do Sudário. Alguns historiadores dizem que ele não passa de uma farsa. Outros dizem que ele de fato cobriu o corpo de Jesus. A Igreja Católica, mais especificamente a Catedral de Turim, que detem o pano, incontestavelmente defende sua veracidade. Enquanto isso, estudos realizados acerca do Sudário levam os interessados no assunto a propor várias hipóteses a respeito.

Não estudo teologia e nem vou expor preceitos religiosos nesse post. Como sabem, sou cantor. Minha intenção é apenas fazer uma análise histórico-científica pessoal sobre o que envolve o Sudário.

Independente da opinião que cada um tenha a respeito do assunto, é necessário admitir que Jesus existiu, mesmo que os verdadeiros fatos sobre sua vida e sobre o momento da crucificação não tenham ocorrido da forma com que são descritos. Isso nós ainda não sabemos.

Começo, então, dizendo que sim, considero a hipótese de que Jesus tenha sido envolvido no tal pano. Análises cientíticas feitas no Sudário propõem que ele não poderia ser uma farsa. Marcas de sangue, sinais de plantas típicas da região onde Jesus supostamente foi crucificado e detalhes sutis desafiam a mente de pesquisadores quanto à originalidade do Sudário.
O pano ...

Embora a qualidade da foto não esteja muito boa, se vocês olharem bem a figura acima, verão a imagem de um homem deitado com os braços cruzados, com uma face muito semelhante a que conhece como a de Jesus. As marcas claras ao redor do corpo, ora triangulares, ora disformes são supostas marcas de chamas que quase destruiram o pano. No punho esquerdo há uma marca branca: sangue (esse foi provado científicamente). Se as pinturas bíblicas estão corretas, Jesus foi pregado à cruz pelas mãos, não pelo punho. Se ele teve, então, as mãos perfuradas por pregos, por que há concentração de sangue nos punhos e não nas mãos? Estariam as descrições bíblicas erradas? Existe, entretanto, uma razão para isso. Há alguns anos, após testes com cadáveres, constatou-se que a palma da mão não pode manter o peso do corpo humano. A carne das mãos de Jesus teria provavelmente rasgado. Outro detalhe: se você pressiona o nervo mediano, o dedo polegar se contrai para dentro das mãos. Se olharem bem, na foto não há a imagem do dedo polegar. Como um falsificador poderia saber disso naquele época?

A marca da lança ...

Outro detalhe são as outras marcas de sangue encontradas no Sudário. Na imagem abaixo, o sangue é representado pelos pontos pretos. Notem que há uma maior concentração de sangue aproximadamente na região da quinta costela, onde a lança romana atingiu, o que confere com as descrições bíblicas.




Um outro detalhe sobre a tortura ...

A história conta que Jesus foi torturado com chicotadas antes de ser crucificado. Os romanos usavam um chicote para ferir o corpo dos torturados. Não me lembro do nome em português (flagrum em inglês). Esse chicote tinha umas bolinhas espaçadas que deixavam marcas e fazaim o torturado sangrar. Tais marcas também se encontram no Sudário. Se o pano é uma farsa, se ele de fato nunca envolveu o corpo de Jesus, como e por que um falsificador atentaria para detalhes tão específicos.




Uma última questão...
Um outro fator que reforça a teoria de que o Sudário provavelmente cobriu o corpo de Jesus encontra-se no resultado de uma análise científica feita através de marcas de plantas encontradas no pano. Dentre os objetos botânicos encontrados no Sudário, foi encontrado um tipo de planta chamado zicophilum dumosum, específico da região onde Jesus foi crucificado.
O curioso é que alguns dos tipos de plantas encontradas no pano tinham propriedades curativas. Se Jesus já estava morto, por que colocar substâncias curativas em Seu corpo? Seria aquilo uma forma de adoração? Ou será que as propriedades curativas eram desconhecidas na época? Estaria, então, Jesus ainda vivo ao ser retirado da cruz e assim seguiu? Se assim foi, não seria a Ressurreição uma mera alegoria? Será que o Sudário é na verdade uma farsa bem feita?
O que de fato ocorreu, por enquanto é desconhecido. Farsas não me espantam quando se relacionam à religião. Se o Sudário é verdadeiro em suas atribuições ou se é uma falsificação, ninguém ainda o sabe. O importante do ponto de vista humano, independente de crenças é o conteúdo e a mensagem que cada um deve extrair do que é contado sobre a história.
Se houver algum equívoco de minha parte em relação aos fatos, por favor, corrijam-me.
Fiquem bem.
Rodolfo Roger

quarta-feira, 15 de abril de 2009

sometimes i wish i had a band (o outro lado da estrela)

Cazuza e Andrea Doria


Solidão a dois. Nem sempre. Às vezes ela vem a três, quatro. Ou mais. Às vezes sozinho me sinto melhor. Às vezes me sinto mal por assim estar. Eu digo isso porque tenho visto como algumas pessoas se afastam por nada, por palavras ditas ou não ditas, por orgulho, por falta de delicadeza, por não pedirem perdão, ou como queiram alguns: falsidade. Não gosto dessa palavra. Nem ia usá-la. Um dia eu ainda vou entender por que certas pessoas têm uma facilidade enorme em destruir coisas simples, amizades, relações. Talvez, quando eu entender, me magoe menos, me decepcione menos e me estimule mais. Quem sabe até perdoe mais?
É estranho ter que contar planos, ideias, conselhos para quem está longe, já que quem está perto nem sempre está disposto a ouvir ou a entender. Sinto falta de uma pessoa próxima para fazer isso. Alguém que saiba dividir opiniões, canções, telefonemas. Alguém que não use o que foi dito contra os outros. Muitas pessoas não são o que aparentam. Outras sem aparentar são mais do que esperamos. Pena que a gente só descobre isso depois de um tempo. Mas a vida e as pessoas são assim e temos de aprender a conviver com isso. E eu estou aprendendo.
Por vezes me dá vontade de ter uma banda em Londres. Às vezes quero só estar lá. Eu não sei bem. Há um tempo algumas pessoas, alguns projetos eram tão claros. De um outro lado acho que aprendi (ou estou aprendendo) a enxergar com clareza as pessoas, ainda que depois de um certo tempo. E como ainda há um sonho, prefiro acreditar por enquanto no melhor que elas podem expor.

Fiquem bem.
Rodolfo Roger

terça-feira, 14 de abril de 2009

enterlude (time is ticking out)


Enfim recuperei a minha senha do blogger. É que eu havia me esquecido qual era a senha de acesso para esse blogger, por isso durante muito tempo não pude acessar e escrever nada. Deletei o único post que havia. Vou reescrevê-lo de uma outra forma em uma outra hora. Desculpem-me os que comentaram. Na verdade, ainda que eu não esqueça mais a senha, não sei com que frequência vou conseguir atualizar esses posts, já que a rotina de professor de inglês com a vida de músico nem sempre me deixam tempo pra manter-me próprio atualizado de certas coisas, mas juro que não é por mal. Certas coisas são necessárias, como por exemplo, estar numa pousada em Macaé.

Mas passar mais horas aqui no quarto da pousada com as meninas, mais do que dando aulas e até mesmo cantanto, me faz bem. Gosto de ficar sozinho, deitado no escuro com o ar condicionado ligado, assistindo tv ou ouvindo música no celular. Gosto ficar longe, perdido e às vezes distante das pessoas que não me fazem rir e até mesmo das que me fazem. As meninas aqui são legais. Me fazem rir e dirigem. Débora volta pro Rio essa semana. Vou sentir falta dela. Gosto dos óculos que ela usa e do jeito que ela fala. Ela parece meio desengonçada, mas ao mesmo tempo organizada. Outro professor virá para substituí-la. Eu ficarei com algumas de suas turmas. Dar aulas de inglês é legal, mas confesso a vocês, queria ter mais tempo para dar menos aulas e cantar mais. Me sinto bem quando eu canto. Não importa se às vezes canto o que não quero cantar, me sinto bem.

E por falar em tempo, é melhor eu almoçar. Ainda tenho que ir a Cabo Frio. Ontem começou oficialmente a gravação do novo cd da Nebulosa. Hoje começaremos a gravar as guias e algo de bateria. Vou deixar esse post incompleto mesmo, sem nenhuma relação com o título. Não vai dar tempo, mas vai dar certo.


Fiquem bem.
Rodolfo Roger.